Até meus vinte e cinco anos de idade, eu achava que meu círculo de amizade se restringia a pouco menos de quinze pessoas: a Mandinga. Uma turma de amigos de infância.
Esse círculo é extremamente fechado. Muito difícil de entrar, porém muito fácil de sair. Alguns negaram, outros voltaram, alguns ficaram. Para se ter uma idéia, é proibido entrar mulher.
Mas como fui de mala e cuia para São Paulo, onde não conhecia ninguém, precisava conhecer uma pessoa por dia. E saber dela o que essa nova amizade poderia me dar para eu evoluir como uma pessoa que só conhecia a Mandinga.
Foi aumentando meu círculo de amizade que conheci pessoas sem as quais seria impossível, hoje, viver. E foi por causa delas que descobri que não há nada pior do que se fechar no seu próprio quadrado. Nem a música presta.
Se eu não tivesse aberto a rodinha, feito Sarajane, talvez não teria conhecido Brunos, Camilos, Carlos, Carolinas, Henriques, Jorges, Lucianos, Marianas, Matthias, Michels, Pedros, Rafaels, Theophilos e todos os amores que vivi, aumentando a cada dia o meu quadrado.
Tenho amigos na Mandinga há mais de vinte e sete anos, que serão meus amigos para sempre. Porém, não mais importantes do que todos os outros que conquistei só porque achei mais inteligente espalhar meus braços em abraços.
Matheus Tapioca
Ilustração: Michel Neuhaus
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Tags: amizade, bozó, círculo, ebó, mandinga, rodinha, sarajane, trabalho
julho 11, 2011 às 11:11 |
Que lindo !!!!!!!!!!!! bjs paulistanos para vc…..rsrs
julho 11, 2011 às 11:11 |
Lindo!
julho 11, 2011 às 11:20 |
mandinga = maçonaria baiana? hehehe
beijoooo
julho 11, 2011 às 12:02 |
Cabe mais uma?
julho 11, 2011 às 15:16 |
Sou sua Fã, Paulistana metida a Baiana, como dizem o povo aqui, me encontro muitas, diversas vezes em seus posts, a mudança de região, chega a ser engraçado, vc me conta as dificuldades ai e lembro das minhas aqui, troca de experiências muito bom, Parabéns.
julho 11, 2011 às 16:05 |
Beleza Tapioca, se espalhar por aí é tudo de bom, amigos se ajudam, se seguram, empurram o outro pra derrota e ainda riem, é tudo de bom, são o mal mais necessário da humanidade!
AP
julho 11, 2011 às 20:37 |
Pode botar aquela música de Didi Mocó aí na vitrola: “eu voltei, voltei para ficar… Por caqui…”
julho 12, 2011 às 11:53 |
A sensação de ter uma família em cada casa de amigo de andança pelo mundo é ótima. Ver quem eu era, quem poderia ter sido e quem me tornei graças a essas pessoas é uma descoberta diária. Nem precisa falar mais, entendo o que é isso, perfeitamente. Beijão, Teu!
julho 13, 2011 às 9:45 |
Não se esqueça que uma das Carolinas veio antes da mandinga!
julho 13, 2011 às 10:56 |
amo você, maluco!
julho 14, 2011 às 5:45 |
Ainda bem que vc tomou essa decisao… Ufa! Nao posso imaginar a minha vida sem vc… Te amo!
julho 17, 2011 às 21:44 |
Ohhhhhh que coisa mais fofa essa declaração fraternalcibernéticasemperderaternura!!!
julho 19, 2011 às 0:46 |
E vc esqueceu daqueles anônimos leitores que parecem que já se conheciam há muito tempo…
agosto 2, 2011 às 11:35 |
Que lindo! Bjs